POLIANA NOGUEIRA

Olá! Vou contar um pouquinho da minha história. Nasci no Rio de Janeiro, e quando tinha uns três anos fui morar em Juiz de Fora – MG. Tive uma infância alegre, de brincadeiras de rua com a turma do bairro, e foi no interior de Minas que comecei a escrever roteiros teatrais. Verdade! Eu criava as histórias e com os amigos encenava para os vizinhos. O dinheiro do ingresso trocava por picolé e distribuía para a “minha equipe”. Sem perceber, aos dez anos já exercia o papel de diretora, roteirista e atriz. Rsrs.

Aos dezoito anos, me mudei para Belo Horizonte. Vim com a minha família, mas não foi fácil abandonar minha vida estabilizada para ir morar em um lugar que não conhecia ninguém. Sentia muita saudade dos amigos, da escola e da minha rotina. Só quem já passou por isso sabe o que estou falando. Sempre que podia, ia para JF e matava a saudade de todos. Hoje, amo BH, mas mantenho as amizades que fiz na juventude.

A ideia do meu primeiro livro, O ENIGMA DA ESPADA, surgiu em uma noite de inverno, quando estava andando por uma rua escura e deserta. Pensei no que faria se uma pessoa com uma capa preta viesse em minha direção. Do nada, fiquei imaginando quem seria o sujeito e qual o seu objetivo. Daí surgiu a primeira cena. Cheguei em casa e anotei tudo em um papel; naquela época, eu não tinha computador − o livro foi todo manuscrito.

O livro ficou pronto e me deparei com um dilema: como publicar? Procurei algumas editoras e encontrei uma que dividia os custos da produção. Pensei que ia morrer de tanta felicidade. Entretanto, nem tudo são flores. Inexperiente, caí em muitas ciladas e cometi muitos erros, mas serviram para conhecer o mercado literário. Agora, sou uma escritora independente! Eu mesma cuido de todos os processos de produção do livro e os vendo. Financeiramente, ganho pouco, mas, em compensação, me sinto realizada quando alguém lê meus textos e diz que gostou. Tenho leitoras que me acompanham desde 2013, quando fiz meu primeiro lançamento. Isso não tem preço!!!

A partir do Enigma da espada, escrevi “Vestígios de um crime”, “Mistério no edifício Bergman”, “Depois daquele encontro”, “Luzes, câmera… Amor”, “Aprovado para o perigo”, “Atemporal” e “Juca: Um pobre trabalhador brasileiro”. E ainda espero escrever muitos outros livros! 

Também escrevo roteiros teatrais e audiovisuais. O livro de contos “Juca: Um pobre trabalhador brasileiro” foi encenado em BH. Na primeira vez que assisti à peça no teatro quase chorei, e olha que era uma comédia. Kkkk. Fui a quase todas as apresentações e atormentava o ator com os meus pitacos. Foi uma temporada de muito sucesso. O mercado audiovisual é mais difícil de ingressar, mas tive um curta-metragem gravado pela Cultura Filmes, ele concorreu no Festival de curtas do Rio de Janeiro, e o roteiro Sagaz na arte de festejar começou a ser gravado, mas está pausado por falta de verba.

AMO participar de encontros literários em escolas, apesar do nervoso que sinto. Sou muito tímida e quando tenho que falar para muitas pessoas, gaguejo, acelero a fala e tropeço nas palavras, ainda bem que os leitores são carinhosos e não me zoam. Também AMO expor em feiras de livros, AMO quando faço uma dedicatória para alguém que vai conhecer meu trabalho e AMO receber as mensagens que me enviam no Instagram.

Fico feliz em criar histórias e conquistar novos leitores. Acredito que só diz que não gosta de ler quem ainda não encontrou o livro que despertasse o prazer que a leitura proporciona. Meu maior sonho é causar esse encantamento nos jovens, assim como aconteceu comigo quando era adolescente e li os livros dos autores Marcos Rey e Pedro Bandeira. Eu devorava as histórias e desejava viver uma aventura como as dos personagens que desvendavam crimes. Não é à toa que meus primeiros livros foram romances policiais juvenis. Rsrs.

Para mim, a leitura é um ritual. É um momento único em que decido viver o inesperado. Abrir a página de um livro e “entrar” em um novo universo é a viagem mais emocionante que alguém pode fazer.

Se você quer me dar um presente, leia um dos meus livros e depois me conte o que achou. Vou esperar ansiosa pela sua mensagem.

Beijos literários,                  

Poliana.